01 janeiro, 2008

Operação Emanuel

A ação internacional para obter a libertação dos três reféns, foi chamada de "operação Emanuel" pelo presidente Venezuelano, Hugo Chaves, numa alusão ao garoto Emanuel, com apenas três anos de idade.

Emanuel nasceu há três anos enquanto sua mãe, Clara Rojas, era mantida em cativeiro e, desde então, tem sido criado pelos rebeldes que o consideram parte de sua organização, segundo depoimentos de pessoas que conheceram a criança, referindo-se a este caso sem precedentes na Colômbia.

Fruto de uma relação consentida entre a ex-candidata à vice-presidência com um guerrilheiro, Emmanuel nasceu em um acampamento das Farc em condições extremas, de acordo com o jornalista Jorge Enrique Botero, que revelou a novidade em abril de 2006, descrevendo o parto como um "milagre".

"Tudo o que aconteceu para que o menino nascesse ultrapassou os limites", contou o jornalista em um livro com base em uma conversa com o número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes.

O fundador das Farc, Manuel Marulanda (conhecido como 'Tirofijo'), considerava que Emmanuel também pertencia a seu grupo. "Esta criança é metade nossa e metade deles".

Em julho passado, foi divulgado o depoimento do soldado William Domínguez, também refém. Segundo o militar, o menino "tem muitos brinquedos que os guerrilheiros fazem e ele gosta de brincar com os brinquedos".

"Tive a oportunidade de estar em duas marchas com elas (Rojas e Betancourt). Quando a mãe se cansa de carregar o menino, um guerrilheiro o pega no colo", relatou.

Agora, o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, divulgou que Emanuel não está mais em poder das FARC.

Segundo o presidente colombiano, o menino teria sido entregue ao Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar (ICBF). Uribe disse que há na instituição um menino de três anos e seis meses com características semelhantes às de Emmanuel.

De acordo com Uribe, um suposto tio da criança tentou retirá-la do instituto nesta segunda-feira.

O presidente da Venezuela, que desde o fim de sua mediação no acordo humanitário com as Farc rompeu relações com Uribe, reagiu às afirmações e disse ter “suficientes razões para duvidar dessas hipóteses”.

“Uribe foi muito vivo. Com esta cortina de fumaça pretende dinamitar a operação (de resgate)”.

fontes: AFP e BBC

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