06 março, 2007

Democracia frágil - blog do Marcio Pimenta

Depois de dois mandatos e 12 anos de governo, Jacques Chirac sairá de cena para dar espaço a um novo representante. Os franceses deverão escolher entre o opositor do atual governo, Nicolas Sarkozy ou a socialista Segolene Royal. Independente de quem venha a ser o novo representante máximo do poder, os franceses se ocupam em conhecer a política econômica e social a que estarão favorecendo. Mais, querem saber como integrar uma França dividida entre brancos e imigrantes com baixa qualificação.
Aqui em Pindorama mal saímos de uma reeleição e a oposição política planta notícias e informações nos meios de comunicação cujo objetivo é minar um governo legítimo. As especulações sobre um eventual terceiro governo Lula, sempre negadas pelo presidente, vão além do simples objetivo acima mencionado. É o tipo de política desconstrutiva e que fere um regime de um país cuja democracia ainda está em processo de formação. Este desserviço dos partidos de oposição não contribuem para que as barreiras sociais sejam mitigadas, ao contrário, o crédito dado pela mídia a estas aberrações destroem o processo de desenvolvimento econômico e político necessários para o fortalecimento da democracia.
Vale lembrar que o presidente nunca sinalizou algo que pudesse levar a estas interpretações. Os fundamentos oposicionistas encontram-se na Venezuela e Bolívia, ambos com regimes democráticos legítimos, diga-se de passagem. Vistas grossas a este tipo de política seria inadmissível em uma sociedade em que os meios de comunicação são tão democratizados quanto a sociedade que os acolhe. Se aqui há meios de comunicação dominantes isto se deve a um reflexo da sociedade que construímos.

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