30 julho, 2006

Ataque de Israel mata 54 civis no Líbano




Num violento ataque israelense neste domingo, mais de 54 pessoas foram mortas na cidade de Qana, no sul do Líbano. Pelo menos 34 das vítimas são crianças. Famílias de desabrigados estavam se refugiando no porão de um prédio de três andares que foi destruído no bombardeio. Dezenas de pessoas podem estar presas nos escombros.

O rei Abdullah, da Jordânia, tradicional aliado dos Estados Unidos e um dos poucos países árabes que mantém relações com Israel, disse que o ataque foi um “crime horrível” e uma gritante violação da lei internacional.

Jacques Chirac, presidente da França, disse que se tratava de uma “ação injustificável” e que mostrava mais uma vez como um cessar-fogo era necessário.

A secretária de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Margaret Beckett, disse que a morte dos civis era “pavorosa” e reafirmou que o governo britânico defendia uma resposta proporcional de Israel ao Hezbollah.

O Hezbollah, milícia libanesa em confronto com Israel, disse que o ataque a Qana foi um “massacre horrível” e prometeu retaliações.

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice se disse “profundamente entristecida” com o bombardeio e ofereceu as condolências do presidente americano, George W. Bush, e do povo americano, adicionando que as operações militares israelenses estavam causando “preocupação”.

Pedidos de um cessar-fogo imediato vieram dos primeiros-ministros palestino, Mahmoud Abbas, e egípcio, Hosni Mubarak, além do Papa Bento XVI.

O Irã disse que oficiais israelenses e americanos deveriam ser julgados criminalmente, enquanto a Síria classificou o ataque a Qana de terrorismo de Estado.

Apesar de "entristecida" a secretária de Estado Americana, Condolezza Rice, foi contrária a um cessar-fogo, no início dessa semana. Nesse momento, sinto um profundo desejo de insultá-la, mas acredito que os leitores do blog não merecem.

Peço-lhes apenas que não esqueçam das crianças de Qana.

Hoje eu me senti um pouco menos humano.

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